Tinha planejado tomar o Traditionelles Wiener Frühstück numa manhã de sábado em um dos mais bonitos cafés da cidade - o Cafe Central - com a Christine (minha amiga local).
Mas ela me ligou desmarcando o compromisso porque era o dia do nome dela. Eu perguntei do outro lado da linha "Como assim, dia do seu nome?". Na hora eu achei meio esquisito, mas depois até que me deu inveja ao pensar em todas as guloseimas que eu não comi por não ter o dia do meu nome aqui no Brasil.
O dia do nome é uma tradição presente em muitos países europeus e que celebra, de acordo com um calendário, o dia do nome próprio das pessoas. Cada país segue um calendário e são comuns os calendários que consideram dias de santos. Por exemplo, para os austríacos o dia 24 de Julho é o dia da Santa Cristina (ou Saint Christine) e, portanto, é o dia do nome da Christine. Já na República Tcheca o calendário utilizado atribui para cada dia do ano um nome diferente. Se eu fosse tcheca eu poderia me chamar Isabela, porque dia 11 de abril é o dia das Isabelas. Mas se minha mãe achasse que eu tinha mesmo cara de Aline (Alena em tcheco), então o dia do meu nome seria 13 de agosto. Quer saber o dia do seu nome segundo o calendário tcheco? Veja aqui.
Diz que não é legal?! Se você planeja ter um filho, mas o pai insiste em batizar o garoto com o nome dele plus "Júnior" no final, e você já está quase desistindo de tudo porque não consegue chegar em um acordo, que tal inserir a tradição do dia do nome na sua casa? Seu filho nasce, você acessa esse site aqui, escolhe um país europeu para seguir a tradição e encontra o nome dele. Simples assim! Mais vantagens? Bom, para as mulheres que não gostam de revelar a verdadeira idade, bastaria tornar público apenas o dia do nome. Todos os seus amigos do tempo do colégio iriam se lembrar de você no dia do seu nome. No ambiente de trabalho aquela situação chata de esquecer o aniversário de um colega não aconteceria, porque o dia do nome jamais seria esquecido!
Naquele 24 de Julho a Christine recebeu um presentinho da mãe e cartões de alguns tios. Esse ano ela foi com a mãe, o namorido e um tio no café Diglas comemorar o dia do nome em meio aquelas delícias doces que eles sabem fazer tão bem.
A Christine diz que hoje em dia ela só comemora porque a mãe faz questão, mas que ela adorava a data e esperava ansiosamente os presentinhos quando era criança. Ainda segundo ela, a tradição não é tão forte entre os austríacos mais jovens. Mas aposto que, quando esses jovens se tornarem pais, a tradição volta. Os futuros filhos não deixarão o dia deles passar em branco. Afinal, que criança não gosta de ganhar um presentinho extra?
A Christine diz que hoje em dia ela só comemora porque a mãe faz questão, mas que ela adorava a data e esperava ansiosamente os presentinhos quando era criança. Ainda segundo ela, a tradição não é tão forte entre os austríacos mais jovens. Mas aposto que, quando esses jovens se tornarem pais, a tradição volta. Os futuros filhos não deixarão o dia deles passar em branco. Afinal, que criança não gosta de ganhar um presentinho extra?
Ainda bem que a onomástica, estudo dos nomes próprios, está fora do escopo desse blog e o mais importante é que a partir do ano passado eu também comemoro com a Christine o dia do nosso nome. Meu segundo nome é Cristina, e como não encontramos nenhuma Santa Aline no calendário austríaco, eu fiquei com a Santa Cristina mesmo. Amém!