Stephansplatz, Viena (2010)

domingo, 6 de junho de 2010

A viagem

Sai do Brasil no dia 29 de maio, um sábado, às 15:50h. Peguei um Airbus A340 da companhia aérea Iberia. Estava com medo porque nunca tinha cruzado o Oceano Atlântico antes e também porque estava sozinha. Eu tinha ouvido horrores sobre a Iberia, mas pude concluir que o serviço de bordo apesar de não ser maravilhoso, nem chega perto do que me falaram. Eu sou pequena então não tenho problemas com espaço. Não sou exigente com comida, então qualquer sanduíche de presunto e queijo mata minha fome. Gosto de ficar quieta no meu canto ouvindo música ou lendo alguma coisa, então não tive problemas com as aeromoças. Sou capaz de dormir em qualquer lugar, então o barulho das turbinas serviram de ruído branco para embalar o meu sono. Nas 9 horas e meia de voo tivemos uma refeição com prato quente, salada, sobremesa e bebida; um lanche de salame e queijo mais bebida; e duas vezes distribuíram chocolates. Achei até que foi muita comida.

Depois de ver o pôr e o nascer do sol em um intervalo de 6 horas finalmente cheguei no Aeroporto de Barajas. O aeroporto é enorme, tem até uma espécie de metrô que liga um terminal ao outro. E lá a referência de distância é dada em minutos e não em metros.


O meu voo de conexão para Viena foi no terminal 4 onde é possível ver o teto em forma de ondas de madeira, obra dos arquitetos Richard Rogers e Antonio Lamela, e que ganhou o Prêmio Stirling em 2006, um prêmio britânico para excelência em arquitetura.

O voo para Viena, também pela Iberia, ao contrário do primeiro não foi muito agradável. Esse avião sim era apertado, balançava muito, e não tinha serviço de bordo incluso no valor da passagem. Se eu quisesse um copo d'água que fosse tinha que pagar. Ainda bem que estava cansada e com muito sono, afinal para o meu relógio biológico eram 3 da madrugada e não 8 da manhã. Depois de 3 horas e meia de viagem eu acordei no Aeroporto de Viena. Nessa terra só o inglês salva porque é impossível entender o que está escrito em alemão. Segui as placas 'Exit Vienna Airport', peguei minha mala (ufa ela estava lá) e procurei um centro de informações turísticas.

Para sair do aeroporto você pode pegar o S-bahn, uma espécie de trem urbano e rápido, ou o trem CAT (City Airport Train) que é mais rápido ainda . O bilhete do S-bahn e que cobre a viagem do aeroporto até a estação Wien Mitte no centro da cidade custa apenas €1,80, enquanto o CAT custa €12,00 pelo mesmo trajeto. Se você não sabe comprar bilhetes direto das máquinas que ficam nas estações, uma possibilidade é comprar com o funcionário do centro de informações turísticas.

Como não tem funcionários na estação do S-bahn nem catacras, é possível seguir o fluxo e entrar no S-bahn sem pagar nada. Mas o correto é comprar o bilhete, inserir ele em uma máquina azul que fica do lado de fora do trem, esperar que ele seja carimbado e pronto. Guarde-o no bolso e caso algum fiscal peça para ver o seu bilhete é só mostrá-lo devidademente validado.

Depois de quase 16 horas de jornada entre avião, trem e ônibus eu finalmente cheguei em Laxenburg, uma cidadezinha a 16 Km da capital Viena e onde o IIASA (International Institute for Applied Systems and Analysis) está localizado. O prédio do IIASA fica no castelo de Laxenburg, que foi uma das residências da família Habsburgo. Minha primeira noite foi no Grünne Haus, construído em 1689 pelo príncipe Leopold Dietrichstein, hoje chamado Schloss Restaurant, e que fica ao lado do castelo.


No século XIX e início do século XX o Grünne Haus foi utilizado como hospedagem imperial e pessoas como o tutor do filho de Napoleão, o Rei Luís II da Bavaria se hospedaram lá. A diária com café da manhã custou €22,00 mas não é para qualquer um não. Somente convidados ou colaboradores do instituto que tem acesso ao prédio!

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